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O que é importante saber sobre pastejo rotacionado?

O pastejo rotacionado é uma ferramenta para intensificar o uso das pastagens e aumentar a produção de carne por hectare. Os capins indicados são aqueles que tem crescimento rápido, produzem grande volume de forragem de qualidade e respondem bem a aplicação de fertilizantes e até irrigação.Entre eles podemos citar o tanzânia, o mombaça e, em certos casos, o xaraés e o marandu (brizanta).

O pastejo rotacionado exige a divisão da área em piquetes, o uso da cerca elétrica e gerenciamento mais intensivo, pois torna-se necessário um planejamento cuidadoso da distribuição dos piquetes (corredores, água etc), uma escolha criteriosa dos animais a serem criados, um controle sanitário mais rigoroso, estratégia para aquisição de fertilizantes ao menor preço e acompanhamento constante do crescimento do capim para por no piquete o número certo de animais que melhor aproveitará a forragem produzida.

Este rigor no gerenciamento é necessário para reduzir os riscos de prejuízos frente aos altos custos dos insumos (adubos, cercas, energia, alimentos) no sistema de pastejo rotacionado.

O manejo do pasto pode ser com tempo fixo ou com tempo variável.
O manejo com tempo fixo é mais simples e consiste em estabelecer uma sequência e cronograma de entrada e saída dos piquetes.
Um exemplo: numa rotação de 5 dias de pastejo com 35 dias de descanso os animais entrarão no primeiro piquete e ficarão até o quinto dia, passarão para o segundo e ficarão até o 10º dia, passarão ao terceiro, quarto, …, até chegar ao oitavo piquete.

Nesse ponto o primeiro piquete completou 35 dias de descanso e pode ser ocupado novamente.
Nesse manejo é importante regular a carga de animais para que o capim produzido no período de descanso seja consumido no período de ocupação, sem sobras nem superpastejo.

No outro caso, não fixa nem o número de dias de descanso nem o de ocupação, nem a seqüência de entrada nos piquetes.
Os animais são postos no piquete quando o capim atinge um “ponto de entrada” caracterizado por uma certa altura e certa massa de folhas que varia de capim para capim e se aprende a determinar na prática ou por treinamento acompanhado de aparelhos (réguas e fotômetros).

Nesse manejo o ponto de saída também e fixado em uma altura de corte e desfolha da planta pelo pastejo, que também é variável de capim para capim e com as estações do ano.
Neste caso a lotação do piquete visa não só o consumo adequado da forragem produzida, mas também a sincronização do momento de saída de um piquete com a entrada em outro.

É um manejo mais complexo e só deve ser iniciado com o acompanhamento de um zootecnista.
O pastejo rotacionado só se deve aplicar à uma parcela do rebanho e das pastagens, pois tanto exige pastos de apoio quanto animais reguladores de carga.
Além disso, é necessário usar rações para suplementação alimentar de rotina no período seco e manter uma área de cana para suplementação emergencial de volumosos quando a seca for mais longa que o normal.

Fonte:Embrapa- gado de corte

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